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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

PRIMEIRO CINEMA DE MAUÁ

Cine Santa Cecília ficava em Mauá, SP, e era de proprietário Santarelli & Irmãos – Av. Barão de Mauá, 449 – Inaugurado em Janeiro de 1949 com 1.396 lugares – Média anual de 320 sessões e 105.108 espectadores. Encerrou suas atividades no inicio dos anos 70. Foi o primeiro Cinema de Mauá.






O QUE OS MESTRES DA POLÍTICA TÊM A NO ENSINAR SOBRE FALAR OU SILENCIAR?


"Para Gracián, no mundo da política a palavra reina, mas a realização é sempre mais modesta"

Esta advertência de Gracián, é muito apropriada, sobretudo para o mundo da política, onde a palavra reina e a realização é sempre mais modesta. Por maior que seja o talento do político, a sua excelência oratória e as sutilezas de seus raciocínios, palavras sempre serão palavras. Como tal, estarão sempre sujeitas a contestações também por palavras.

Por outro lado, aquilo que pode ser visto e demonstrado na prática, se impõe a qualquer um como verdade. O político prudente nunca permite que suas palavras se afastem demasiadamente de seus atos. Nem no que diz respeito ao seu comportamento e valores, nem tampouco no que se refere ao seu desempenho político e administrativo.

Além disso, ele deve criar um hábito que venha a se tornar uma disciplina intelectual e uma regra de discussão entre seus auxiliares: respaldar ideias e propostas em fatos. Como diz o mesmo Gracián:

“As palavras são as sombras dos atos. Os atos são a substância da vida, e palavras sábias o seu adorno”

Um dos estereótipos mais comuns aplicado aos políticos é o que o apresenta como um indivíduo de palavra fácil, de oratória pomposa e vazia, manejando ardis verbais e uma argumentação incansável. É o “bem falante” o “bom de papo”, na irreverente linguagem popular.

Por trás deste estereótipo, entretanto, há boa dose de verdade.

O político, muitas vezes, se deixa enganar por sua própria arte de falar, esquecendo-se que as palavras, para manterem o seu valor, precisam ser respaldadas por atos e fatos. Esta advertência serve para a publicidade política também. A propaganda feita sobre um fato, uma realização, é sempre mais confiável para o cidadão do que aquela outra, construída sobre intenções e declarações.

Na propaganda, o fato e a sua imagem, falam por si mesmos, e falam com muito maior força e eloquência do que o melhor dos discursos. De forma análoga, quando há uma acusação ou uma denúncia, dispor de um documento que pode comprovar a falsidade dela é incomparavelmente mais forte do que qualquer declaração pessoal, testemunho, ou argumento, desacompanhados de uma evidência factual ou documental.

Como então ser reservado?

Se a reserva, o cuidado com o falar são tão decisivos para o político e governante; se, por outro lado, trata-se de um erro tão frequente, tão comum, tão presente em todas as épocas históricas, como então vacinar-se contra este mal? Como evitar os erros de falar? Como enfim conseguir ser reservado?

Falaremos sobre isso em breve....





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POLÍTICA - INIMIGOS MELHOR NÃO TÊ-LOS

"Não tente mudar seus inimigos: tente controlá-los. Saiba onde estão, o que pensam, e em quem confiam"

Não confundir adversário com inimigo. Adversários o político sempre terá, contra eles vai concorrer, com eles vai disputar espaço político, prestígio, poder. Adversários entretanto são conjunturais, mudam com o tempo e as circunstâncias. O adversário de hoje pode ser o aliado de amanhã.

O que distingue o conflito entre adversários e entre inimigos é a presença do ódio como fator dominante, como motivação principal

A disputa entre adversários pode e costuma ser dura, envolve ataques, acusações, hostilidade. Entre adversários, porém, não existe ódio.

O ódio é pessoal, irreversível, radical. É um sentimento que lança suas raízes no plano mais íntimo da individualidade das pessoas. Seu objetivo real, muitas vezes não reconhecido, é a eliminação completa do inimigo (eliminação seja no campo da política, da vida social, econômica, profissional, e no limite, o próprio desejo da morte física).

Na vida familiar, social, profissional, podemos ter adversários e até inimigos. O mesmo ocorre na política. As instituições democráticas são as formas mais desenvolvidas de convívio político, exatamente porque institucionalizam o conflito ao tempo em que fixam os seus limites.

O que são as eleições senão um conflito limitado entre adversários, com regras claras e explícitas para definir quem vence? Na política democrática então, como regra, o conflito ocorre entre adversários.

Na verdade, é comum dizer-se que os adversários estão nos outros partidos, os inimigos estão no nosso partido!

É um erro de graves conseqüências tratar adversários como inimigos e inimigos como adversários: os primeiros poderão acabar tornando-se inimigos e os segundos não mudarão seus sentimentos.

As leis do poder ensinam que não se deve tentar mudar os inimigos, porque eles não mudarão. O que compete fazer é tentar controlá-los, para evitar que o prejudiquem, porque mil amigos não são suficientes, um inimigo o é. Não existe inimigo inofensivo.

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A HISTÓRIA DE "BEN"


“Um bebê é a opinião de Deus de que o mundo deve continuar.” (Carl Sandberg)

Ben nasceu no dia 20 de setembro de 1989. Pouco depois de seu nascimento, soubemos de sua cegueira e surdez. Quando estava com três anos, soubemos também que nunca andaria.

A partir do segundo dia de vida de Ben, nossa família percorreu um caminho que nunca havíamos imaginado. Centenas e centenas de quilômetros até os melhores médicos e os melhores hospitais. Centenas de agulhas e raios-X, tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas. Depois disso vieram as lentes de contato, o aparelho nos dentes, aparelhos auditivos, cadeiras de rodas, andadores e macacões para engatinhar - junto com todos os terapeutas para nos mostrar como usar todas essas coisas.

As operações nunca pararam.

A vida de Ben hoje em dia consiste de seu professor habitual, um professor para pessoas com deficiência visual, um professor para pessoas com deficiência auditiva, um terapeuta ocupacional, um fisioterapeuta, um patologista de fala e linguagem, um pediatra, um neurologista, ortopedistas, um oftalmologista pediátrico, um otorrino, um fonoaudiólogo, um dentista, um cirurgião-dentista e um ortodontista - e ele só tem oito anos de idade.

Ainda assim, todas as manhãs meu homenzinho acorda com o maior sorriso no rosto, como se dissesse: "Ei, vocês, estou aqui para mais um dia, e estou tão feliz!"

Nossa filha nasceu três anos antes de Ben. Lembro-me de seu pai e eu olhando para ela durante enormes períodos de tempo quando ela tinha cerca de dois anos, esperando que a próxima palavra ou som escapulisse. Sempre que isso acontecia era um momento marcante na história - um tópico de orgulhosas conversas com quem quer que tivesse a paciência de escutar. Realmente tínhamos uma criança brilhante e notável. Ainda temos.

Depois que Ben nasceu, nosso amor por ele mudou nossa visão sobre o que era realmente importante a respeito de nossos filhos. Não tinha mais importância quantas palavras falavam com quantos anos, ou que desenvolvimento fenomenal acontecia antes da previsão feita em qualquer livro sobre bebês. Nossos filhos se tornaram indivíduos, cada um possuindo qualidades maravilhosas, que não devem ser comparadas. Suas vidas não devem ser medidas pela falta de habilidade ou pela habilidade excepcional, mas pela força da perseverança.

Quando Ben estava com cerca de quatro anos, dirigia com bastante domínio sua cadeira de rodas, mas nunca havia dito uma palavra - apenas sons abertos de vogais. Então nossa família começou a botar um gravador na mesa durante o jantar para gravar os sons que Ben estava fazendo porque ele demonstrava claramente que queria participar das conversas. Pensamos que, talvez, se ele ouvisse sua voz gravada e as nossas, isso estimularia algo dentro dele.

Um dia, em setembro de 1993, a fita estava rodando enquanto eu alimentava Ben e fazia alguns sons, tentando estimular algum interesse nele. De repente, o tempo parou. Nunca esquecerei a expressão dos olhos de Ben, a concentração em seu rosto, a forma de sua boca, como ele olhava para mim de sua cadeira de rodas quando falou suas primeiras três palavras:

- Eu te amo.

Virei-me para meu marido e ele olhou para mim com os olhos cheios d'água e disse:

- Terry, eu o ouvi!

Bem disse aquelas palavras para mim e eu as tenho gravadas para ouvir sempre que precisar.

Também fico grata, pois ele não disse outra palavra desde então!

Mas, vocês sabem, eu não ouço a fita com tanta freqüência. Não preciso. Sempre irei reconhecer a expressão de seus olhos – mesmo que sejam cegos - quando ele procura o meu rosto para me dar um beijo. Isso é tudo o que eu preciso.




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