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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Polícia investiga sumiço de R$ 5 mil da casa da Moeda

A Polícia Federal está investigando o desaparecimento de 100 notas de R$ 50,00 da Casa da Moeda, no Rio, segundo reportagem do Fantástico, da TV Globo, exibida neste domingo, 27. O sumiço aconteceu em 14 de janeiro de 2011, mas a PF só começou a atuar agora no caso e vai também investigar se ocorreram outros desvios.

O desaparecimento foi investigado por uma comissão interna da Casa da Moeda e ficou guardado em segredo por mais de um ano pela presidência da instituição. Sem descobrir onde foi parar o dinheiro sumido e sem ter certeza do que aconteceu no dia do desaparecimento, a comissão acabou sugerindo, em dezembro, o arquivamento do caso.

Segundo o superintendente da Diretoria de Administração e Finanças da Casa da Moeda, Álvaro de Oliveira Soares, que já ocupava o cargo quando as notas sumiram, a quantidade de cédulas desaparecidas foi pequena e que o processo é seguro. "O controle existe. Tanto que nós estamos falando de 100 cédulas em 4 bilhões, que é o programa anual desse ano. Se você tem um controle que detecta o desaparecimento de 100 cédulas num volume desses significa que você tem um controle e que esse controle é efetivo", acredita Álvaro de Oliveira Soares.

O delegado da PF, Victor Poubel, explicou que houve crime. "Fica solidamente provado que realmente houve a subtração e a prática do crime. Essa é a prova que a Polícia Federal precisa", afirmou. "Alguém subtraiu. Dinheiro não tem asa", acrescentou.

De acordo com o programa, o Banco Central, responsável por colocar o dinheiro em circulação, informou que essas notas são válidas e quem tem uma dessas cédulas não cometeu crime e ainda pode ajudar nas investigações. As notas de R$ 50 desaparecidas estão entre os números de série BA 27.787.201 e BA 27.787.300.

Nova técnica usa o hálito para diagnosticar doenças cardíacas


Exame é feito com aparelho que mede o nível de acetona, substância produzida durante os processo de metabolismo do corpo, presente no ar expelido pelo paciente



Uma técnica desenvolvida por pesquisadores do Instituto do Coração (InCor), do Hospital das Clínicas, faz o diagnóstico de insuficiência cardíaca de forma rápida, precisa e mais barata, por meio, apenas, do sopro. O exame é feito com um pequeno aparelho que mede o nível de acetona (substância de cheiro forte, produzida durante os processo de metabolismo do corpo) presente no ar expelido pelo paciente. Quanto maior o nível, mais elevado é o estágio da doença.

A nova técnica pretende facilitar o diagnóstico principalmente em postos de atendimento que não são especializados em doenças do coração. Atualmente, a constatação da insuficiência é feita por um exame de sangue, que verifica a presença de uma substância chamada bnt. “O novo exame é tão preciso quanto o atual, pois observamos que o nível da acetona no ar exalado cresce de maneira proporcional ao nível do biomarcador bnt no sangue”, ressaltou o médico do InCor Marcondes Bacal.


Além disso, o novo exame custará cerca de 30% do valor cobrado na análise do sangue. “O exame de sangue custa mais de R$ 100. A troca vai reduzir custo para o pacientes e até para o SUS [Sistema Único de Saúde]”, destaca o médico.


Segundo Fernando Bacal, a insuficiência cardíaca é a etapa final de uma série de doenças que atingem o coração, como miocardites, doença de chagas, infartos. O órgão fica debilitado e passa a bombear o sangue com menos força. Isso causa retenção de líquidos, inchaços, acumulo de água no pulmão e principalmente falta de ar e cansaço excessivo aos esforços. “Cerca de 10% dos pacientes que atingem esse nível da doença necessitam de transplante e aproximadamente 50% correm o risco de morrer.”


O médico disse que o estudo dessa nova técnica surgiu quando se observou que os pacientes em fase avançada da doença exalavam um forte cheiro pela boca ao falar. “O hálito deles tem um odor peculiar, que chamou a atenção. A pesquisa investigou qual era esse elemento [que causava o cheiro] e identificou a acetona como um novo biomarcador da doença, capaz de confirmar a insuficiência cardíaca”, explicou o médico.


“A acetona não é produzida no dia a dia. Quando acontece é porque há alguma agressão. O corpo a produz para se sustentar e fazer energia de alguma maneira”, explica a também cardiologista do InCor, Fabiana Marcondes Braga, autora de uma tese de doutorado sobre acetona.


O médico, porém, destaca que a análise do sangue exige uma estrutura para ser feita. “No novo aparelho, atualmente pegamos o ar exalado, condensamos com um processo de resfriamento, levamos o líquido para o laboratório e o resultado sai em horas. Mas, com algumas evoluções, vamos conseguir com que o resultado saia imediatamente, no próprio aparelho. Isso vai possibilitar um encaminhamento mais imediato para o tratamento especializado.”


O estudo tem a parceria do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Segundo Marcondes Bacal, o próximo passo é levar a pesquisa para outras universidades. “Vamos tentar aprimorar o aparelho de coleta do ar exalado e depois conseguir uma parceria com indústrias para o desenvolvimento tecnológico. Se tudo der certo, dentro de um ou dois anos a técnica já estará disponível.”

Fonte da Notícia:  O Estadão