"Não tente mudar seus inimigos: tente controlá-los. Saiba onde estão, o que pensam, e em quem confiam"
Não confundir adversário com inimigo. Adversários o político sempre terá, contra eles vai concorrer, com eles vai disputar espaço político, prestígio, poder. Adversários entretanto são conjunturais, mudam com o tempo e as circunstâncias. O adversário de hoje pode ser o aliado de amanhã.
O que distingue o conflito entre adversários e entre inimigos é a presença do ódio como fator dominante, como motivação principal
A disputa entre adversários pode e costuma ser dura, envolve ataques, acusações, hostilidade. Entre adversários, porém, não existe ódio.
O ódio é pessoal, irreversível, radical. É um sentimento que lança suas raízes no plano mais íntimo da individualidade das pessoas. Seu objetivo real, muitas vezes não reconhecido, é a eliminação completa do inimigo (eliminação seja no campo da política, da vida social, econômica, profissional, e no limite, o próprio desejo da morte física).
Na vida familiar, social, profissional, podemos ter adversários e até inimigos. O mesmo ocorre na política. As instituições democráticas são as formas mais desenvolvidas de convívio político, exatamente porque institucionalizam o conflito ao tempo em que fixam os seus limites.
O que são as eleições senão um conflito limitado entre adversários, com regras claras e explícitas para definir quem vence? Na política democrática então, como regra, o conflito ocorre entre adversários.
Na verdade, é comum dizer-se que os adversários estão nos outros partidos, os inimigos estão no nosso partido!
É um erro de graves conseqüências tratar adversários como inimigos e inimigos como adversários: os primeiros poderão acabar tornando-se inimigos e os segundos não mudarão seus sentimentos.
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