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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Ensino de matemática ganha apoio da tecnologia

O que a matemática tem a ver com Fernando Pessoa? "Tudo!", afirma Danielle Cavallo, de 16 anos. No ano passado, quando cursava o primeiro ano do ensino médio, ela e a colega Karen Oliveira, da Escola Lourenço Castanho, redesenharam o famoso retrato do escritor português a partir de gráficos com retas, parábolas e curvas. O resultado do trabalho, perfeito, mostrou que o software utilizado nas aulas ajudou ambas a entender as temidas funções de primeiro e segundo graus.

Exemplo de que o uso de ferramentas além da lousa e do giz ajuda os alunos a ver sentido no que aprendem e pode ser muito útil para o ensino da disciplina campeã de rejeição entre pequenos e adultos. "Sempre tive dificuldade com matemática. E, se eu tivesse aprendido só no papel, teria sido monótono e muito difícil. Quando consegui desenhar o Fernando pessoa, vi a aplicação prática daqueles números todos", conta Danielle.

Para facilitar a compreensão, vale usar imagens dos terremotos dos últimos dias na Itália para explicar logaritmos ou sair às ruas e usar os ângulos dos prédios para explicar trigonometria. "A frase que mais ouço e mais me deixa feliz é: ?Ah, então é isso?", diz a professora Janine Moura Campos, que executou o projeto com a colega Heloisa Hessel. "Conseguimos quebrar nove anos de resistência. A maioria desses alunos não gostava da disciplina desde que entrou na escola", acrescenta.

Janine refere-se à tradicional aversão do brasileiro à matemática. Um hábito cultural percebido já no primeiro ano do ensino fundamental, afirma Juliana Cunha de Melo, professora há 16 anos na cidade.

FONTE DA NOTICIA

SP terá sistema de aluguel de bikes com 1ª hora grátis

Serão entre 3 mil e 5 mil bicicletas e as horas adicionais custarão R$ 5; bancos vão disputar patrocínio da proposta 

 

A Prefeitura de São Paulo autorizou a instalação de um sistema de aluguel de bicicletas na cidade e abriu uma disputa entre os dois maiores bancos privados do País. A administração fixou um prazo de 30 dias para que Itaú e Bradesco apresentem suas propostas para colocar entre 3 mil e 5 mil bicicletas nas ruas da capital. O sistema não terá custo algum ao município e a primeira hora de uso será gratuita.
O objetivo dos bancos com o projeto é explorar a publicidade que será colocada nas bicicletas, de maneira a aproveitar mais uma brecha da Lei Cidade Limpa. Na visão das empresas, essa será uma das poucas possibilidades no curto prazo para expor suas marcas pela cidade. A exploração publicitária vai ocorrer da seguinte forma: duas placas de 3 cm cada na parte dianteira da bicicleta e duas placas na parte traseira, de 10 cm cada.
"Não haverá ônus nenhum para a Prefeitura. E as bicicletas vão ter a primeira hora de aluguel gratuita. Depois, serão cobrados R$ 5 por hora adicional", explica a arquiteta Regina Monteiro, presidente da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) da Prefeitura, órgão que aprovou ontem o sistema. Monteiro adianta que o modelo será "quase igual" ao implementado no Rio, onde o Itaú instalou 60 estações por bairros do centro e da zona sul, com 600 bicicletas. Lá, os usuários podem checar pela internet quantas bikes estão disponíveis em cada um dos bicicletários.
A expertise do Bradesco é diferente. O banco, por meio da seguradora Bradesco Seguros, coordena a Ciclofaixa de Lazer de São Paulo desde 2009. Atualmente, são 22,5 km de percurso interligando parques de São Paulo todo domingo e feriado. "No início, o Bradesco queria fazer o empréstimo só nos fins de semana, na área da Ciclofaixa. Mas agora os dois bancos querem fazer o programa de empréstimo a semana toda, de segunda a segunda", diz Monteiro.
A Prefeitura acredita que vai receber as propostas dos bancos em até 30 dias. "Os bicicletários se tornam parte do mobiliário urbano a partir dessa autorização", declarou a presidente da CPPU. Procurados, nenhum dos bancos quis se pronunciar.