Serão entre 3 mil e 5 mil bicicletas e as horas adicionais custarão R$ 5; bancos vão disputar patrocínio da proposta
A Prefeitura de São Paulo autorizou a instalação de um sistema de
aluguel de bicicletas na cidade e abriu uma disputa entre os dois
maiores bancos privados do País. A administração fixou um prazo de 30
dias para que Itaú e Bradesco apresentem suas propostas para colocar
entre 3 mil e 5 mil bicicletas nas ruas da capital. O sistema não terá
custo algum ao município e a primeira hora de uso será gratuita.
O objetivo dos bancos com o projeto é explorar a publicidade que será
colocada nas bicicletas, de maneira a aproveitar mais uma brecha da Lei
Cidade Limpa. Na visão das empresas, essa será uma das poucas
possibilidades no curto prazo para expor suas marcas pela cidade. A
exploração publicitária vai ocorrer da seguinte forma: duas placas de 3
cm cada na parte dianteira da bicicleta e duas placas na parte traseira,
de 10 cm cada.
"Não haverá ônus nenhum para a Prefeitura. E as bicicletas vão ter a
primeira hora de aluguel gratuita. Depois, serão cobrados R$ 5 por hora
adicional", explica a arquiteta Regina Monteiro, presidente da Comissão
de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) da Prefeitura, órgão que aprovou
ontem o sistema. Monteiro adianta que o modelo será "quase igual" ao
implementado no Rio, onde o Itaú instalou 60 estações por bairros do
centro e da zona sul, com 600 bicicletas. Lá, os usuários podem checar
pela internet quantas bikes estão disponíveis em cada um dos
bicicletários.
A expertise do Bradesco é diferente. O banco, por meio da seguradora
Bradesco Seguros, coordena a Ciclofaixa de Lazer de São Paulo desde
2009. Atualmente, são 22,5 km de percurso interligando parques de São
Paulo todo domingo e feriado. "No início, o Bradesco queria fazer o
empréstimo só nos fins de semana, na área da Ciclofaixa. Mas agora os
dois bancos querem fazer o programa de empréstimo a semana toda, de
segunda a segunda", diz Monteiro.
A Prefeitura acredita que vai receber as propostas dos bancos em até
30 dias. "Os bicicletários se tornam parte do mobiliário urbano a partir
dessa autorização", declarou a presidente da CPPU. Procurados, nenhum
dos bancos quis se pronunciar.
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